sábado, 31 de dezembro de 2011


Último entardecer do ano e cadê o sol? Cadê você, companheiro dos fins de dias saudosos? Foi o fim de ano que te barrou? Triste, se despedindo? Ou o novo que vem trazendo a chuva pra lavar a alma de todas as mazelas desse que passou? Se for, que venha, chuva! Venha, que minh'alma pede por esse banho de paz. Mas, no mais, ainda ficarão as boas lembranças, de toda essa caminhada, árdua, mas compensativa, os bons companheiros, os corações em cada passo.

Adeus, 2011... À Deus, 2012!

domingo, 25 de dezembro de 2011

E eu te peço: Deixa eu ser um pouco dessa poesia.


E hoje o Sol se pôs mais triste. Acho que foi culpa do Vento. Foi ele quem levou o sentimento de mim, deve ter jogado pra cima do coitado minhas lembranças. Dá próxima, peço pra me levar o resto de saudade... Ah, mas não é pra jogar pro Sol não, só quero que me traga, também, sua resignação, já que há tanto aprendeu a viver longe da Lua... Mas, Sol, se aquiete! Um dia, te ensino o caminho até ela...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E não me falta ao passo coração...


Porque eu os quero sempre comigo. Pósteros, recentes e antigos... Dessa vida, de outras e vindouras. Amores, amigos, cores... Nos sambas, em casa ou nas dores. Pra rir, pra chorar, pra amar. Mas, mais rir e amar! Pra apoiar, abraçar, caminhar... Da alma, da vida, coração... Mais chegados, engraçados, abobados... Maluquices, molequices, quantos de(di)sses... Os de lá, de cá e acolá. Pra ficar, talvez até ir, mas voltar. Que, se não, esse meu coração desaprende a pulsar, já que é por vocês que ele me vive a teimar. 

sábado, 28 de maio de 2011

Olhando de fora, a mudança foi bem sutil. Raros foram os que perceberam. E, mesmo estes, não sabem a razão. Os sorrisos são mais sinceros. E as gargalhadas freqüentes. O bom dia já é normal, e ver num desconhecido um outro eu não é mais tão difícil. O olhar voltou a ter o brilho de quando criança, ganhou a serenidade de anos a mais. As lágrimas não são tão freqüentes, e, na maioria das vezes, é por não conter tanta felicidade. E o sofrimento agora é evolução. Os dias nublados e frios perderam o tom de cinza e passaram a ter cor de coberta de retalhos da bisa, filme e pipoca. Os ensolarados não são mais quentes, são feitos pra que sintamos o frescor das brisas. As chuvas não vêm pra molhar os bancos ou nossos sapatos, são pra lavar a alma, pra colorir o céu ao ir embora. A noite não é mais escura e amedrontadora, a lua e as estrelas viraram lanternas e servem como sinalizadores. O amanhecer não é mais um sinônimo de mais um dia como todos os outros, nem o anoitecer traz como antes aquela sensação de desperdício, são agora obras de arte vivas, recriadas mais belas a cada dia, fazem-nos sentir em uníssono com Deus. As músicas não dizem aquilo que não aconteceu, agora são o amor contado em forma de poesia e acordes. E agora, o filme que tanto a fazia chorar, tornou-se sua vida, só que do final feliz pra frente. E nem respirar é mais tão doloroso.

Jurei pro amor um dia te encontrar.

domingo, 30 de maio de 2010

E você, se o sonhei, sonhei-o muito bem. Pois mesmo estando longe, sinto seus braços envoltos em mim.

Desejou que ele estivesse ali. Não sabia como, mas o desejo a consumira. Olhou pro lado e, sem acreditar, viu aqueles olhos doces, seus braços estendidos em sua direção e aquele sorriso... Ah, aquele sorriso! Era esse bendito sorriso que a dava forças, quando tudo a fazia querer parar. Nunca havia se sentido tão viva como naquele momento, talvez, por isso, ela tenha hesitado por alguns segundos. Até que o abraçou. Tê-lo em seus braços afastava todos aqueles velhos fantasmas que ela carregava consigo. Seu perfume a desorientava. E, se havia algo ao redor, nenhum dos dois reparou. Podia sentir o calor do corpo dele. Um calor diferente. Não desses que esquentam o frio, dos que esquentam a alma. Passou a mão em seus cabelos. Respirou. Acordou. Ainda sentia aquele calor, aquele abraço. E, nesse instante, seus olhos se encheram de desejo.

Não duvido nada de que, de tanto desejo, nossos corpos astrais se encontrem durante a noite.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

E os dois continuavam lá. Juntos. Olhando pro horizonte. O último raio do sol os afagava calmamente, dourado, brando, filtrado por uma ou outra nuvem. A noite descia serena, aconchegante. Aquela sensação de desperdício, tão comum nos fins de tarde, já não existia. Era como se um abraço, um sorriso ou um olhar que fosse, fizesse todo aquele peso desaparecer.
Olha! A primeira estrela da noite...” E, nesse momento, ela o toma em cócegas. Em meio a risos, gritos e sorrisos, o vento espalhava seus perfumes pelo ar... Parecia que as duas fragrâncias, juntas, formavam uma nova. E os entorpecia.
Dos olhos marejavam-lhes felicidade. Cumplicidade. E com a lua já alta, eles adormeceram. Sem aqueles medos e angustias. Simplesmente adormeceram. Abraçados.

Muito prazer,


meu nome é otário. Vindo de outros tempos, mas sempre no horário. Peixe fora d'água, borboletas no aquário.